Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Último ato de aposentados/as e pensionistas-março
Texto e foto: Ascom Sindipetro-Caxias
Nesta quinta-feira (27), acionistas da Petrobrás se reúnem em Assembleia Geral Ordinária no Edifício Senado (EDISEN), para eleger os novos representantes do Conselho de Administração (CA) da estatal. A reunião marca o início da nova gestão da empresa no governo Lula, com a aprovação dos membros indicados pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para os cargos de conselheiros do CA.
A posse se dá em meio a questionamentos dos trabalhadores aposentados, que a 5 anos sofrem com consecutivas cobranças em seus contracheques, fruto de déficits de seu fundo de pensão. Na última semana, mais um equacionamento atingiu a renda de milhares de participantes e beneficiários do plano. Por conta disso, está sendo convocado um protesto em frente à sede da Petrobras nesta quinta (27) às 10h para questionar a nova proposta de equacionamento da Petros, fundação responsável pela gestão do fundo de pensão que gere a aposentadoria da categoria.
Entenda o déficit da Petros
Há 5 anos a Petros cobra aos aposentados em faturas mensais do déficit produzido no plano ao longo dos anos que têm inviabilizado a renda de muitos dos assistidos. Os trabalhadores questionam os Planos de Equacionamento, apontando a existência de uma dívida bilionária da Petrobrás que, caso fosse paga, poderia solucionar, segundo eles, grande parte do déficit do plano. O petroleiro aposentado Carlos Holanda fala sobre a situação:
“Nós aposentados não precisaríamos ficar sob essa constante tensão sobre receber novos equacionamentos em nossas aposentadorias, se a Petrobras pagasse o que deve. Tem colegas vendendo cosméticos para completar a renda. É um absurdo passarmos por isso depois de anos de dedicação”.
Em 2021, a rentabilidade da Petros foi inferior aos demais planos de aposentadoria comparáveis e não atingiu nem as próprias metas de ganho, segundo relatório da própria fundação. Como consequência dos baixos rendimentos, a gestão da empresa fatia o déficit sofrido e repassa aos aposentados, gerando cobranças à categoria, os chamados Equacionamentos.
O Conselho da Petros optou por aprovar um novo equacionamento depois do déficit acumulado no ano de 2021 ficar em torno de R$ 7,74 bilhões. Esse quadro foi agravado pelos péssimos resultados obtidos pela atual gestão da Petros, na contramão da rentabilidade de planos similares em outras Fundações, como Previ, FUNCEF e Postalis.
O Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias é contra as cobranças feitas pela empresa aos aposentados.
“Esse mês completa 5 anos que os aposentados, aposentadas e pensionistas recebem esses injustos descontos mensais no contracheque para compensar a má administração feita pela Petros. O ato de amanhã (27) é um grito de basta para a direção da Petros e da Petrobrás sobre o avanço do plano de equacionamento sobre a renda dos aposentados. Estamos na expectativa de que esta nova gestão resolva, de uma vez por todas, este problema que tem assolado a vida destes colegas que se dedicaram para construir a maior empresa da América Latina”, ressaltou o presidente do Sindipetro Caxias, Marcello Bernardo.