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Por Almir Cezar Filho*
Fotos: Divulgação/
Introdução
Em São Paulo, dois grupos de trabalhadores estão enfrentando desafios extraordinários: os metroviários e os metalúrgicos da General Motors (GM). Eles estão na linha de frente da luta contra a exploração desenfreada e os ataques aos direitos dos trabalhadores. Recentemente, perseguições e demissões em massa atingiram esses grupos de forma arbitrária, incluindo líderes sindicais como Narciso Soares e Altino Prazeres. Neste artigo, destacarei a importância da solidariedade para apoiar essas lutas.
Solidariedade aos metroviários de São Paulo
A direção do Metrô de SP, a mando do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), suspendeu um metroviário e demitiu oito, num ato antissindical, abusivo e arbitrário contra os trabalhadores, como retaliação à greve do dia 3 de outubro, que parou São Paulo contra a privatização. Entre os demitidos estão o vice-presidente do Sindicato, Narciso Soares, e o membro da entidade e dirigente da CSP-Conlutas, Altino Prazeres. Ambos são militantes do PSTU, trabalham há anos na categoria e são lutadores em defesa do transporte público e da qualidade dos serviços para a classe trabalhadora. Esta é uma clara tentativa de enfraquecer a categoria e também o movimento sindical de esquerda. É crucial que a solidariedade seja amplamente demonstrada para apoiar a luta pela reintegração desses trabalhadores.
União na GM de São José dos Campos
No Vale do Paraíba, os metalúrgicos da GM em São José dos Campos, Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul enfrentaram uma onda de demissões em massa, afetando aproximadamente 1,2 mil trabalhadores. O sindicato agiu rapidamente, convocando uma greve que tem visto uma impressionante adesão. Os metalúrgicos estão agora em greve por tempo indeterminado, uma ação notável de força. A indústria automobilística é estrategicamente crucial, e a GM está sob ataque constante da burguesia. A solidariedade é uma necessidade urgente para apoiar esses trabalhadores que lutam contra as demissões em massa e a exploração desenfreada.
Conectando os pontos
Essas duas lutas, embora tenham especificidades diferentes, são partes de um processo mais amplo de exploração intensificada no Brasil, refletida em desindustrialização, privatizações e ataques aos direitos dos trabalhadores. A perseguição e demissão arbitrárias de líderes sindicais e militantes, como Narciso Soares e Altino Prazeres, servem aos interesses da burguesia em enfraquecer as lutas e impor níveis superiores de exploração. A solidariedade é o elo que mantém essas lutas unidas contra um inimigo comum.
Campanha de solidariedade
Neste momento crucial, a classe trabalhadora de São Paulo precisa de apoio. Camaradas, é hora de mostrar nossa solidariedade ativa. Compartilhe vídeos e mensagens de apoio nas redes sociais e envolva figuras públicas para gravar vídeos em apoio aos trabalhadores metroviários de SP e metalúrgicos da GM. A solidariedade é a arma mais poderosa que os trabalhadores tem neste momento.
Conclusão
A classe trabalhadora de São Paulo enfrenta uma encruzilhada crítica, lutando contra um sistema que prioriza lucros à custa das pessoas. Agora é o momento de todos os trabalhadores de esquerda se unirem em apoio aos metroviários e metalúrgicos, resistindo corajosamente contra a perseguição e demissões arbitrárias. Juntos podemos defender os direitos e a dignidade da classe trabalhadora em São Paulo, mostrando que a solidariedade é nossa maior força.
*Almir Cezar Filho – Economista, apresentador do programa Economia É Fácil [na Web Rádio Censura Livre] e editor da ANotA – Agência de Notícias Alternativas. Texto para a Agência de Notícias Alternativas (ANOTA)
