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Texto: Paulo Lindesay*
Foto, imagem e quadro: reproduções/
O cidadão Roberto Campo, vulgo presidente do banco Central do Brasil, não serve a Nação brasileira. Mas ao projeto financeiro rentista e as grandes corporações, detentoras de quase a totalidade de TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL. Principal ferramenta de captura da Nação brasileira e o fundo público federal. Construído, na sua grande parte, pelos trabalhadores (as) brasileiro(a)s.
Você sabia que o aumento de um (01) ponto percentual da SELIC, o estoque da Dívida Pública Federal aumenta cerca de R$ 40,5 bilhões. E a cada um ponto percentual do aumento do IPCA, o estoque da Dívida Pública Federal aumenta cerca de R$ 18,6 bilhões? Dados da Estatística Fiscal do banco Central do Brasil de abril de 2023.
Na 232º reunião do COPOM, em 06 de agosto de 2020, a TAXA SELIC baixou para 2%, o menor percentual da série histórica. Em menos de 24 meses, na reunião 2480 do COPOM, em 03 de agosto de 2022, a TAXA SELIC aumentou para 13,75%. Em abril de 2022 a INFLAÇÃO OFICIAL (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses, era de 12,13%. O maior índice inflacionário do desgoverno Bolsonaro. Como podemos observar a TAXA BÁSICA DE JUROS estava nas alturas, mas o IPCA não ficou muito atrás. Portanto o crescimento da SELIC não serviu para controlar a inflação do Brasil.
Se considerarmos o crescimento da TAXA SELIC 11,75 p.p., entre agosto de 2020 (taxa SELIC 2%) e agosto de 2022 (taxa SELIC 13,75%). Vamos constar que houve um crescimento do estoque da DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL, em torno de R$ 475,8 bilhões. Porque isso aconteceu? A tabela acima comprova os meus argumentos. A cada um (01) ponto percentual o estoque da DÍVIDA PÚBLICA aumenta cerca de R$ 40,5 bilhões.
Não precisam acreditar nas minhas palavras. Podem ratificar essas afirmativas, pesquisando os dados oficiais do banco central do Brasil e realizando uma simples operação matemática de multiplicação – R$ 40,5 bilhões crescimento do estoque da DPF a cada p.p. X 11,75 pontos percentuais do crescimento da TAXA SELIC = R$ 475,8 bilhões.
Quando fazemos a mesma comparação em relação à INFLAÇÃO (IPCA/IBGE) ACUMULADA NOS ÚLTIMOS 12 MESES, entre agosto de 2020 (IPCA/2,43%) e abril de 2022 (IPCA 12,13%). Chegaremos ao seguinte resultado 9,7 pontos percentuais.
Usando a tabela do Banco central do Brasil como parâmetro, descobriremos um grande conluio entre o presidente do banco Central, Roberto Campos e o deus mercado. O aumento de 1 ponto percentual no IPCA, aumenta a Dívida Pública Federal em cerca de R$ 18,6 bilhões. Como no período o IPCA aumentou 9,7 pontos percentuais isso representou aumento no estoque da DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL de cerca R$ 180,42 bilhões.
Totalizando os valores do AUMENTO DOS PONTOS PERCENTUAIS SELIC EM VALORES CORRENTES (R$ 475,8 bilhões) + AUMENTO DOS PONTOS PERCENTUAIS IPCA EM VALORES CORRENTES (180,42 bilhões). Vamos constatar que o estoque da DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL aumentou cerca de R$ 656,22 bilhões.
Primeiramente precisamos desconstruir esse SOFISMA. A alta da taxa básica de juros – SELIC, não controla inflação. Pura mentira. A inflação brasileira não é de consumo, mas de preços administrados pelos governos e pela reduzida produção de alimentos, a disposição da maior parte da população brasileira. De acordo com os dados dos últimos Censo Agro/2006 e 2017 IBGE. Quem alimenta verdadeiramente o povo brasileiro é a agricultura familiar e o pequeno agricultor. Os dados da pesquisa LSPA, ratificam essa afirmativa.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) , divulgado pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 305,4 milhões de toneladas. A produção de SOJA (148,2 milhões/toneladas) E MILHO (122,8 milhões/toneladas), representam na previsão da safra de 2023 (305 milhões de toneladas), cerca de 271 milhões de toneladas ou 88,85% da produção brasileira. O pior, grande parte desses produtos primários, são destinados à exportação para alimentar gado chinês e outros e garantir a matriz energética dos países ricos.
Os dados do IBGE, comprovam que aumento da SELIC não faz a inflação diminuir. Precisamos de uma REFORMA AGRÁRIA, para melhor a distribuição de terras agricultáveis, para aumentar a produção de alimento. Com certeza, isso acabará com qualquer tipo de insegurança alimentar na população brasileira (baixa, média ou grave). Vivida por mais de 120 milhões pessoas.
Portanto o aumento da TAXA SELIC, contempla a felicidade do grande capital financeiro rentista e as grandes corporações, em direção a captura, cada vez maior do FUNDO PÚBLICO FEDERAL. Garantindo o aumento dos lucros, tornando-os vitalícios.
*Paulo Lindesay – Diretor da ASSIBGE-SN e coordenador da Auditoria Cidadã Núcleo RJ