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Por Wendell Setubal*/
Foto: Gabriela Biló/Folha/
A desclassificação da seleção brasileira na Copa do Catar tem várias causas. A história abaixo, escrita nos anos 1960 pelo jornalista Sérgio Porto, que assinava uma coluna no jornal Última Hora, com o nome de Stanislaw Ponte Preta, talvez evidencie o fracasso da seleção. Fiz uma adaptação do texto original.
O BAR estava cheio de homens bebendo e conversando. Entra um chinês, que diz “Aqui não tem homem para me enfrentar”. Um russo peludo como um urso se levanta e parte pra cima do chinês. Recebe um golpe de judô e cai desmaiado. O chinês reitera que ali não tem homem para enfrentá-lo.
UM americano forte como um touro parte pra cima e também cai desmaiado. Vão ao chão um francês, um italiano e um marroquino. E o chinês repetindo que ali não tinha homem para enfrentá-lo.
NO fundo do bar, levanta-se um sujeito baixinho, magro, um tipo comum. Todos dão gargalhadas ao vê-lo ir em direção ao chinês. Este ri e pergunta: “Você veio de onde, Super Homem depois da gripe?” As gargalhadas aumentam. O magrinho responde que é brasileiro. O chinês retruca, cê qué o quê, camarada? Eu sou homem capaz de enfrentá-lo, diz o brasileiro. Ele parte pra cima do chinês e em segundos está no chão. O chinês pede uma bebida.
Comequié, mano?, qual a moral da história? É que brasileiro SE ACHA, se julga esperto e mais malandro que os outros.
Nem sempre.
*Wendell Setubal – Revisor de texto com Pós-Graduação pela PUC-MG. Publicado originalmente na página Fato e Ideias no Facebook.