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MEU NOME É EDUARDO. EDUARDO LEITE. MAS PODE ME CHAMAR DE TERCEIRA VIA - CL Web Rádio

MEU NOME É EDUARDO. EDUARDO LEITE. MAS PODE ME CHAMAR DE TERCEIRA VIA

Por Wendell Setubal*

Fotos: Reproduções

Setores da classe dominante continuam buscando a Terceira Via. Alguém que chegue a dois dígitos, permaneça, supere Bolsonaro e parta para o confronto com Lula. Falta voto.

Sérgio Moro teve um início fulminante, mas foi atacado por lulistas e bolsonaristas. Empacou, embora mantenha vantagem sobre Ciro, Dória e os demais.

Avaliaram o peso da questão ambiental. Se Marina rompeu com Lula foi por discordância nesta questão. Havia uma pessoa com bom diálogo com os verdes. Era reconhecido seu rigor fiscal, que é música para as elites. Não pode gastar mais do que arrecada. Se acontecer, tira da Saúde ou da Educação, mas mantenha o superávit primário, mostrando que não vai dar calote. Será que tinham achado a Terceira Via?

Era Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo. Os pessimistas de plantão lembraram duas coisas: é pouco carismático e desconhecido. Você conhece o Paulo? Nem eu. Uma volta à estaca zero.

Tudo começou com uma pesquisa em que a diferença entre Lula e Bolsonaro caiu e Bolsonaro chegou a 30%. Se mantiver este índice vai para o Segundo Turno. Ele perde nos dois turnos, mas dá para imaginar a agitação que pode ocorrer em um segundo turno. Os golpistas se assanham. Eles têm 10 mil homens armados, de extrema direita. Tá feia a coisa.

Há os problemas do Rio (veto a Freixo; aliança de Rodrigo Neves e Eduardo Paes; sabotagem do ridículo Quaquá, do PT) e de São Paulo, com a divisão entre Haddad, Márcio França e Guilherme Boulos, que pode favorecer o ministro Tarcísio, forte candidato de Bolsonaro.

Os defensores da Terceira Via voltaram a se animar. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, jovem, liberal, gay assumido, um “candidato moderno, contra tudo que está aí”, vai sair do PSDB e se filiar no PSD de Kassab. Kassab é o que negociava apoio a Lula? Esse mesmo. Seu forte é a esperteza, não a coerência.

Um governo Eduardo Leite seria um governo burguês clássico.

Um governo Bolsonaro será o desastre. O crepúsculo da democracia.

E Lula? Uma incógnita. Prefiro a incógnita.

*Wendell Setubal – Revisor de texto com Pós-Graduação pela PUC-MG. Publicado originalmente na página Fato e Ideias no Facebook.

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