Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Por Redação Opinião Socialista/PSTU/
Foto: Ricardo Stuckert/
Do ponto de vista da conjuntura política, a anulação das condenações de Lula reflete um enfraquecimento do governo Bolsonaro, aumento da tensão social e da crise sanitária, econômica e política do país.
Com a crise sanitária completamente descontrolada, com 2 mil mortos ao dia, o sistema de saúde entrando em colapso no país inteiro; com o desemprego nas alturas e o Auxílio Emergencial de fome e atrasado, a carestia batendo fundo; o governo Bolsonaro, responsável pelo genocídio, não faz outra a não ser campanha eleitoral para 2022 e aglomeração, campanha contra uso de máscaras e de vacinas.
Esse grau de crise vai tornando o governo disfuncional também para setores da burguesia, além do que aumenta a crise da própria institucionalidade burguesa de conjunto.
Lula, por outro lado, provavelmente será candidato do PT, em condições muito diferentes das de 2018. Hoje prima o anti-bolsonarismo. Para a burguesia, é também uma carta na manga, preventiva, perante o agravamento da crise.
Paz e Amor ou Fora Bolsonaro?
Em coletiva de imprensa, Lula fez um discurso de candidato, e de um candidato de união nacional, apesar de dizer que não é hora de decidir nome, ou que seria pequeno falar de 2022, porém, foi de 2022 que ele tratou. Para Lula, “frente ampla” não significa a junção apenas de forças de esquerda, mas sim de forças de centro e conservadoras. “Você pode construir um programa que envolva setores conservadores [que inclua] por exemplo a questão da vacina, do salário emergencial”, disse.
“Se você colocar na frente a discussão eleitoral, você trunca qualquer evolução. Mas se você colocar os problemas do povo brasileiro na conversa com os setores conservadores, você pode produzir efeitos extraordinários”, afirmou. “Vejo muita gente falar em frente ampla, com PCdoB, PT, PSOL, PSB. Isso é uma frente de esquerda, não tem nada de ampla. Isso a gente faz desde 1989. Frente Ampla é se a gente tiver a capacidade de conversar com outras forças que não estão no espectro da esquerda. É possível”, disse ainda. Disse ter iniciado um movimento de frente ampla em 2022, relembrando a aliança com o empresário José Alencar e classificou aquele momento como “o mais promissor da história democrática do país”.
Pelo seu discurso e programa, Lula e o PT querem repetir a mesma estratégia e política dos 14 anos que governou o país: de colaboração com a burguesia e seus partidos, apenas trocando José Alencar talvez por uma Luiza Trajano ou outra figura burguesa, prometendo como sempre ser o “Lulinha Paz e Amor”. Mas esse caminho, que Lula quer trilhar de novo, foi o que nos trouxe a Bolsonaro e o país, saiu dele tão desigual quanto entrou.
É preciso construir uma alternativa revolucionária e socialista
Essa repetição de caminho em outras circunstâncias torna ainda mais necessária a construção de uma alternativa socialista e revolucionária, para que possamos efetivamente lutar para acabar com toda desigualdade social e contra esse sistema que reproduz todos os dias pobreza, miséria, desemprego, violência, racismo, machismo e tanta opressão, deixando os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. Sistema onde reina a exploração, a rapina do país e também a corrução e a impunidade.
O Brasil precisa de um governo socialista dos trabalhadores, no qual os trabalhadores governem contra a burguesia, através de conselhos populares.
Leiam a matéria completa no link abaixo: